Life after college
Um pouco do que venho pensando daqui pra frente
Faz tempo que não dou updates sobre minha vida. Nunca falei sobre ela aqui, mas percebi que a história por trás de quem escreve importa.
Updates recentes:
Me formei na faculdade em agosto de 2024.
Sai da Namari e voltei a morar no Rio, minha cidade natal.
Comecei a trabalhar em um grande grupo de educação, em M&A.
Meu irmão se mudou para Londres.
Comecei a namorar.
Tenho desenvolvido skills relacionadas a crédito e finanças, algo que gosto bastante.
Sigo com uma vontade enorme de empreender, mas com a falta de coragem e paixão em achar algo que me faça ficar intrinsecamente motivado a focar nisso pelos próximos 5 anos.
LIFE AFTER COLLEGE
O pós - faculdade foi difícil porque eu adorava a rotina. Sofri por um tempo, mas depois passou. Como disse minha mãe: “é muito mais sobre agradecer por ter tido uma experiência tão legal. Muita gente acha um saco tudo isso”.
A partir disso, surge uma nova fase, com novos desafios, e outras vantagens e desvantagens. Efetivamente, chegou a hora de construir.
No entanto, fica um adendo: se você está na faculdade, aproveite-a intensamente. Se inscreva nas atividades e nas ligas, converse com as pessoas, passe o máximo de tempo possível nela. São 4 anos únicos e diferentes que farão muita falta.
Você tem a vida toda pra trabalhar.
A fase de faculdade não se repetirá de novo, e você vai sentir saudades disso, assim como eu senti.
O que vem pela frente?
Sinto que o tempo perdeu fronteiras e limites. Não há um horizonte de planejamento, tanto no micro quanto no macro.
Antes, o futuro profissional dos próximos 2 anos era mais previsível: terminar a faculdade em um lugar bom e efetivado ( supondo que não fôssemos empreender).
Agora, esse horizonte terminou e se expandiu. Não há mais pressa. Trabalharei, pelo menos, pelos próximos 40 anos.
Diferente da faculdade, em que havia pressão temporal no estágio por conta da efetivação, não há mais isso:
Posso passar 2 anos tentando empreender e depois voltar para a estaca zero, e estará “cedo”→ terei, ainda, 38 anos trabalhando
Posso ir para Europa tentar uma experiência nova por 1 ano e, se não der certo, recomeçar→ faltarão somente 39.
No macro, não há pressa, nem porquê correr.
Por outro lado, a partir de agora começarei a fincar raízes..
Quando mais novos, é a hora de experimentar: conhecer pessoas, trabalhar em coisas diferentes, ir a diversos lugares.. Só assim conseguiremos ver o que faz mais sentido. Conforme o tempo passa, a hora de testar acaba, e chega o momento de afunilar em alguma oportunidade- relacionamento, trabalho, setor, empresa…
Eu realmente poderia tentar uma experiência de trabalho diferente, e se não desse certo, voltar; mas qual raíz eu terei plantado a partir disso?
Embora não tenhamos pressa, esse é o momento em que começamos a fincar raízes, seja profissionalmente ou nas relações:
Não há pressa para casar, mas se você estiver se relacionando com alguém pelos próximos 10 anos e de repente terminar, voltará para estaca zero. E terá que recomeçar novamente.
Então, é agora que você começa a fincar raízes, que estejam alinhadas com o que você acredita querer pro futuro.
Por exemplo, se você tem um sonho de construir um hospital, é extremamente valioso começar a fincar as raízes agora.
Como? Entrando no setor, conhecendo médicos, conhecendo administradores de hospitais..
Fazendo isso de forma sucessiva e compounding, as chances de atingir o objetivo são bem maiores do que, de repente, aos 50 anos, você decidir do nada abrir um hospital, sem saber nada do setor. Qual raíz foi criada nesse período?
Chegou o momento de trabalhar de forma planejada, sem a pressa do tempo mas com a necessidade constante de estar afunilando e criando raízes em algo que gere frutos relevantes, seja uma habilidade, setor, relacionamento..
No curto prazo, não tem pressa para virar gerente, mas ninguém quer ser analista pra sempre. Por outro lado, se a promoção vier 6 meses depois do planejado, não iremos morrer.
Com calma, muito foco e direção. Sem correr mas sem perder tempo.
Vamos nessa.
Excellente!
Boas reflexões. Seguimos.